«Este trabalho, considerando o primeiro fluxo protestante no seio da sociedade portuguesa contemporânea, não se reduz à descrição desse processo, mas remete para a compreensão do conjunto da realidade portuguesa nesse período correspondente à passagem da confessionalidade constitucional à separação entre as Igrejas e o Estado, pelo menos na sua formalidade jurídica. A instância do religioso permite, assim, alcançar a percepção da lentidão e das contradições nas mudanças de mentalidade presentes em todas as alterações sociais e políticas, onde a realidade existente não se altera por substituição mimética e onde, também, questões como a tolerância e a liberdade de cultos, enquanto expressões para novas possibilidades de convívio social, trazem à colação conflitos próprios da dinâmica concorrencial característica das sociedades de cidadania.»
António Matos Ferreira
Era um grande homem…